As obras do Monotrilho 18-Bronze, que ligará a capital até o ABC, estão longe de terem início. A conclusão foi constatada durante audiência pública proposta pelo deputado federal Alex Manente (PPS/SP), realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta quarta-feira (04). A reunião ouviu representantes do Ministério das Cidades, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. Na audiência, o secretário nacional de transportes e mobilidade urbana, Dario Rais Lopes, explicou que as obras da Linha 18 serão iniciadas após a Linha 17 Ouro (que liga Congonhas ao Morumbi) entrar em operação. “Não é prudente acelerar a implantação da Linha 18 até que a linha 17 seja resolvida. Estamos num momento de aprendizado, pois (o monotrilho) é uma tecnologia nova, há problemas na operação da Linha 15 e ainda temos a linha 17 com as obras paralisadas após um acidente no ano passado”, detalha Dario Lopes. A previsão para a Linha 17 entrar em operação é 2017. Até então, a questão envolvia apenas atraso no repasse de recursos da União para o estado e também do início das desapropriações por parte do governo estadual, conforme resposta do Ministério de Planejamento ao requerimento de informação protocolado pelo Deputado Alex Manente, em junho deste ano. “A audiência trouxe um fato novo, que é o impasse técnico envolvendo outras linhas do monotrilho. Vamos continuar nosso trabalho de cobrança e fiscalização, não vamos desistir do metrô, que vai desafogar o trânsito caótico e trazer desenvolvimento a nossa região”, detalha Alex. Uma vistoria técnica ao local foi sugerida por Manente e será marcada em breve. MONOTRILHO 18 BRONZEA obra, sem previsão para início, custará R$ 4,3 bilhões, sendo R$ 1,9 bilhão da iniciativa privada e o restante de iniciativa pública, com recursos de financiamentos e do Orçamento Geral da União (OGU). O monotrilho, que será o primeiro ramal de metrô fora da capital paulista, terá 15 quilômetros de extensão e vai passar por São Caetano, Santo André e São Bernardo com expectativa de transportar 300 mil passageiros por dia. O status atual é de licença de cadastro para início da desapropriação dos 283 imóveis.
