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Paixões

Editorial - 24/06/2020

Diz, a Wikipédia, que “Paixão – do latim tardio passio-onis, derivado de passus,
particípio passado de patī (sofrer) – é termo que designa sentimento muito forte de
atração por uma pessoa, objeto ou tema. A paixão é intensa, envolvente, um
entusiasmo ou um desejo forte por qualquer coisa” – sem jamais entrar no mérito.
No frigir dos ovos, se permanente, seria um adeus à racionalidade que nos distinguiria
dos outros animais. Resumindo, seria uma espécie de enfermidade ao estilo do
Transtorno Compulsivo Obsessivo. Coisa para psiquiatria e internação.
Compulsão e obsessão causaram alguns dos mais pavorosos desastres da história
humana, quando combinados com o fator inato “índole”, tão evitado por várias linhas
psicanalíticas. Muitos preferem culpar deuses ou demônios. É mais fácil…

‘Tá… E daí? Concentrando o foco nas ditas “atividades políticas”, o que transborda de
imediato é o flagrante mau caráter de líderes frios e calculistas manipulando
sensações, emoções e sentimentos de liderados tão fanáticos quanto patéticos.
É certo que um analista de laboratório envolver-se emocionalmente com exame de
fezes só pode dar besteira. Defender apaixonadamente um jogador até – e
principalmente – quando faz gol contra também. Raia à insanidade…
No delírio das paixões é-se capaz de tudo. Todavia, problemas jamais serão
resolvidos: passa-se a deles fazer parte e dane-se o mundo.

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