Um fato é peremptório: qualquer movimento social (arte, esporte, política etc.) de
grande proporção e influência torna-se um fenômeno admirável, a exemplo de Pelé e
Roberto Carlos. Arrasta seguidores em multidões rapidamente.
“Achar” que se está montado na carne seca, pode ser jogar tijolo para cima e não sair
debaixo. Quando o Jair, num dos seus rompantes imprevisíveis, decidiu não mais ser
“cavalo de santo” do PSL e criar seu próprio pardieiro, agiu bem.
Errou nas perspectivas. Dos 57 milhões de votos obtidos em 2018, a maioria escolheu
entre o ruim e o pior. Era contra a esquerdalha e a corrupção que corroíam o país.
Depois veriam o resto.
Viúvas da ditadura e radicais ultradireitistas estrovinhados, porém, conceberam-se
como avatares dos deuses. Mas, estão mais para Cavaleiros do Apocalipse. Tanto
assim que a Aliança pelo Brasil não decolou, num voo de galinha.
Segundo o TSE, a taba da tribo Bolsonaro – lançada aos 12 de novembro de 2019 –
conseguiu só 13.550 assinaturas válidas para a sua criação. Precisa, por lei, de
491.967…
Uma coisa é cômputo eleitoral transitório, sujeito a chuvas e trovoadas. Outra,
compromisso partidário permanente, seja na fundação, seja nas obrigações de
militância. Ícaro deslumbrou-se com seu voo perto do Sol e suas asas derreteram.
Resta ao presidente o mérito indiscutível de ter posto os bolivarianos a correr…
Caio Martins.