Saab apresenta SAM, fábrica com papel especial para o ABC e o País
Não só pelos 55 empregos diretos, com os quais iniciará as operações em 2020, ou os 200 postos de colaboradores previstos para 2024, extremamente capacitados, com treinamentos em Lipköping, na Suécia, mas pela transferência de tecnologia.
“Estamos transferindo conhecimento e capacidade de produção de aeroestruturas complexas para o Brasil, cumprindo nosso acordo de offset. A fábrica já está se estruturando para fazer parte de uma cadeia global de suprimentos da Saab para os mercados de aviação civil e de defesa”, afirmou Mikael Franzén, chefe da unidade de negócios Gripen Brasil, na Aeronáutica da Saab.
A SAM vai produzir em área de cerca de 5 mil metros quadrados, em São Bernardo, complexos segmentos para os caças Gripen adquiridos pela FAB (Força Aérea Brasileira), como cone de cauda, freios aerodinâmicos, caixão das asas, fuselagem traseira e fuselagem dianteira para a versão monoposto (um assento) e a versão biposto (dois).
“É o início da instalação da fábrica, e já estamos implementando o escritório, contratando pessoas e fornecedores, pois até 2020 toda a estrutura fabril estará montada para dar início à fabricação dos componentes do Gripen”, explicou Marcelo Lima, diretor-geral da SAM.
Perguntei a Marcelo Lima sobre a possibilidade de ampliar a transferência de tecnologia e fomentar desenvolvimento em parcerias com universidades locais que agora têm cursos de aeronáutica, e ele respondeu: “Aqui, na SAM, uma estrutura industrial, teremos sim oportunidade de parceria com universidades e também procurar profissionais nessas escolas, e em São Bernardo temos o CISB (Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro), agência de fomento de pesquisa, formado por várias empresas suecas em São Bernardo, que trabalha justamente na conexão de universidades brasileiras, com canais de pesquisas na Suécia, entre eles a Saab, com muito mais oportunidades, e para o fomento industrial estaria a SAM”.
Participarão do debate diversos agentes da sociedade envolvidos e a comunidade, como religiosos (bispo, padres, freiras, seminaristas), agentes das pastorais, especialmente da carcerária (estadual e regional ABC); membros da SAP – Secretaria de Administração Penitenciária, secretário estadual; Poder Judiciário (Juízes da Vara Criminal e da VEC, Ministério Público e Defensoria Pública); cidadãos e cidadãs da comunidade local, ex-detentos e parentes.