O suficiente e o necessário – Editorial
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, disse: “Nós não estamos com as Forças Armadas desejáveis. Mas estamos com as Forças possíveis”. Diríamos que elas têm quase o necessário, mas não o suficiente.
A dependência do Brasil nas áreas tecnológicas de ponta nos torna não mais num “gigante adormecido”. Torna-nos num gigante escravizado. Basta conferir o que somos no mercado internacional nessa área estratégica e as origens do que consumimos internamente, de hardware e software a relógios, celulares e veículos.
A ojeriza etérea de “libertários” ao termo “militar”, vinda de utopias importadas e em função dos erros da caserna cometidos no passado, gerou mentalidade torpe, conduzindo o país a esquecer de pôr fechaduras nas portas. Entra quem quiser.
O país do “em se plantando, tudo dá” segue subordinado aos que, mesmo em terras áridas, roncam grosso por terem armamentos de destruição em massa, a exemplo da Coreia do Norte. Esses têm voz…
Assim, governos e suas instituições que não entenderem que a segurança nacional; e principalmente a internacional são vitais, estão condenados à inércia e subserviência. As Forças Armadas, pelo Art. 142 da CF, “… destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e; por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Não cumprirão suas funções ao não terem nem o necessário, nem o suficiente.