Editorial – Pelo em ovo
Na Idade das Trevas a “Santa Inquisição” partia de suas vítimas serem culpadas, tendo de provar a própria inocência. A cada acusação inquisitorial derrubada inventava-se outra, até a vítima ceder por exaustão e torturas.
Tal suprassumo da covardia e aberração visava dominar pelo medo como catalisador da “fé”. Tal prática hedionda, se hoje banida nos métodos, permanece viva nas táticas de “políticos” tão ímprobos quanto desqualificados.
É comum, nesta era modernosa, o “plantio” de notícias falsas sobre adversários exponenciais de reputação ilibada e visível competência administrativa, seja através de seus sicários imiscuídos nos meios sociais; seja através de publicações sediciosas.
Órgãos de imprensa pertencentes a condenados por corrupção e suspeitos até de mando de assassinato não são boa referência na busca de informações sobre nenhum assunto. São, todavia, o vetor ideal na difusão de difamação, calúnia e injúria.
Instala-se, por exemplo, uma auditoria inquisitorial e anômala sobre procedimentos legítimos e dá-se publicidade como se sobre atos criminosos fossem. A cada acusação insidiosa derrubada, outra é apresentada e assim segue, ad aeternum.
Tais buscadores de chifre em cabeça de cavalo e de pelo em ovo não conhecem limites éticos ou respeitam valores morais e subestimam normas jurídicas. Além de suas maquinações disformes, os próprios têm de serem arquivados.