Editorial – Substantivos e adjetivos
É deformação arquetípica fatos substantivos – inegáveis e materiais ou não – serem atacados com adjetivos próprios da irracionalidade, estupidez e imbecilidade humanas, à falta de argumentos sólidos. Perguntar não ofende, todavia.
Toda vez que o jornalismo revele fatos como inconsistência e incompetência, deslizes e tretas; má fé e insídias de “políticos” ou mequetrefes de vida pública, haverá quem retruque não com dúvidas pertinentes ou feitos irrefutáveis, mas, com bufonarias.
Se, por exemplo, a menção a malfeitos factuais de governantes é respondida com irrelevâncias como “comentário infeliz” sem contrapontos lógicos, é o caso em questão. Basta averiguar os perfis, nas redes, dos que assim se manifestam.
Os famosos “quando, o que, quem, onde, como, por que e para que” inexistem para beócios ou para mal intencionados, ou ambos. A crítica substantiva, feita ou recebida, jamais deles declina. A crítica adjetiva os ignora, evita ou repudia.
A pergunta básica, máxime na imprensa sóbria, é: “- Afirmou? Prove!”. Caso contrário, reserve-se e vá averiguar. Não será com tachações ou rotulagens tão apriorísticas quanto torpes que a verdade transparecerá. É o que o Senso Comum nos ensina.
Assim é que erros e bandalhices comprovadas de governantes, sejam quem forem, de que nível forem, têm de ser apontados para conhecimento público. O demais? São meras firulas…