Editorial – Será que agora vai?

  Parece (vejam bem: parece!) que a Primavera resolveu trabalhar, aliviando o inferno de um inverso escaldante com temperaturas amenas e chuvas constantes no Sudeste, se bem que nem sempre bem comportadas, como é de praxe. Ou o “El Niño” se reconciliou com “La Niña”, ou São Pedro voltou da longa licença-prêmio, ou é, de fato, muita sorte… O Cantareira subiu, ontem, para 16,2% com as duas quotas do volume morto (aquele que precisa ser bombeado), enquanto o Alto Tietê caiu de 15,0 para 14,9%, com pequenas quedas também no Guarapiranga, Rio Grande e Rio Claro. Bom, que significa isso para nossas torneiras sob ameaça há 2 anos? Nada, ou quase. São 21 milhões de habitantes, na região servida por aqueles reservatórios, usando água POTÁVEL até para dar banho no totó, lavar carros e calçadas, além de um desperdício que superaria os 30% de água tratada por vazamentos e furtos. Em Tóquio tais perdas na rede são de 2%, haja ou não chuvas ou terremotos. O fato é o seguinte: que ninguém se entusiasme até os níveis dos sistemas deficitários superarem os 50% ou mais dos índices seguros de antes de 2013, o que ocorreria com dois ou mais anos de chuvas constantes e fartas. É aposta incerta. Há que seguir economizando com rigor. Enquanto isso, ainda na ressaca da Festa Nordestina de São Caetano, podem ir se preparando para a promissora SUNSET RUN, dia 24/10. Com sol ou chuva!