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Campanha que foi ‘esquecida’

 

Quem nasceu na década de 90 deve se lembrar de tanto que o assunto “lixo” era tratado com importância nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, na época. Todo ano era aquela mesma campanha de descartar o lixo de maneira correta, de entendermos o valor da reciclagem para o meio ambiente e às nossas vidas.
Passados vinte anos, será mesmo que nós fizemos um brilhante trabalho para que esse assunto caia no esquecimento da educação brasileira?
Como antigamente, não vemos mais nossos filhos, sobrinhos ou fi lhos de conhecidos falando sobre a importância do descarte do lixo produzido todos os dias em nossas casas. Se a resposta para a pergunta acima for sim, ela não está totalmente correta. Por mais que o hábito do brasileiro tenha mudado em relação à conscientização para o descarte correto, há muito ainda o que se fazer e dados apontam preocupação com o futuro.
Caso não haja algum tipo de mudança de produção, consumo e descarte dos materiais, a geração de resíduos sólidos domiciliar no mundo deve crescer 80% até 2050. Passará de 2,1 bilhões de toneladas ao ano para 3,8 bilhões. Deixando claro que o problema maior em relação a tudo isso é que, mesmo com a maioria das pessoas e das empresas fazendo o descarte correto, ainda temos cerca de 40% de resíduos que vão parar em locais inadequados, como lixões e queima a céu aberto. Locais estes que, se persistirem, impactos negativos podem existir no clima, com mais emissões de gases de efeito estufa, além de afetar também a nossa biodiversidade, trazer prejuízos para a fauna e flora, e à saúde humana.
Como apontou reportagem da Agência Brasil: “No Brasil, o levantamento revelou que, até 2050, a produção de resíduos deve crescer mais de 50% e poderá alcançar 120 milhões de toneladas por ano. Segundo o instituto, o número demonstra que o país carece de ações urgentes”.
Será mesmo que toda aquela movimentação de governos municipais, estaduais e federal para com que nossas crianças aprenderam de forma consciente a consumir e descartar os resíduos foi sufi ciente e não precisamos mais falar disso? Os dados falam por si só e que isso sirva de alerta para nossas autoridades e educadores. Lixo é um assunto sério e precisa ser tratado sempre como uma das prioridades.

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