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Família tem que cavar cova por conta própria para enterrar parente em Rio Grande da Serra

Vereador Akira do Povo - Podemos, denuncia caos no sistema funerário da cidade

 

 

A despedida do jovem Paulo da Silva Junior, de 26 anos, que faleceu afogado em um riacho em Rio Grande da Serra, tornou-se marcante não apenas pela tristeza da perda, mas também pela indignação gerada pelo descaso no Cemitério Municipal São Sebastião, neste domingo (03). A família enfrentou a ausência de coveiros, sendo obrigada a cavar a cova por conta própria, enquanto o vereador Akira do Povo – Podemos, interveio para expor a situação.

 

 

Akira do Povo denuncia caos no sistema funerário de Rio Grande da Serra

No domingo, família teve que cavar cova por conta própria

 

MARCOS FIDELIS

A despedida do jovem Paulo da Silva Junior, de 26 anos, que faleceu afogado em um riacho em Rio Grande da Serra, tornou-se marcante não apenas pela tristeza da perda, mas também pela indignação gerada pelo descaso no Cemitério Municipal São Sebastião, neste domingo (03). A família enfrentou a ausência de coveiros, sendo obrigada a cavar a cova por conta própria, enquanto o vereador Akira do Povo – Podemos, interveio para expor a situação.

O trágico episódio teve início na sexta-feira (01), quando Júnior desapareceu e, após intensas buscas, foi encontrado sem vida no sábado (02). No domingo, ao tentar realizar o sepultamento, a família se deparou com a falta de coveiros no Cemitério Municipal São Sebastião. Com o local lotado, seria necessário realizar a exumação de um corpo para liberar espaço, mas apenas dois funcionários da Secretaria de Serviços Urbanos estavam disponíveis, recusando-se a executar a tarefa.

Diante da situação, a família, desesperada, acionou o vereador Akira do Povo para auxílio. O parlamentar fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais, mostrando a angustiante cena em que os parentes se viram obrigados a cavar a cova do ente querido. O vereador relatou a tensão no local e a discussão com o secretário da prefeita Penha Fumagalli, Wilson Souza.

“Recebi uma ligação de uma moça informando que não havia coveiro no cemitério para realizar o sepultamento, comuniquei o Secretário de Governo da Prefeitura, mas a situação se agravou com a recusa dos funcionários em realizar a exumação. A família estava ali esperando, e, diante do impasse, me disponibilizei a cavar a cova junto com o tio do rapaz. Era o momento de mostrar o descaso que ocorre em nossa cidade”, afirmou Akira.

O vereador explicou que o funcionário se recusou a fazer a exumação, ressaltando que não tinha experiência como coveiro. Akira do Povo destacou a urgência do momento, já que o corpo estava em estado de decomposição, impossibilitando qualquer velório.

Após o enterro realizado pela família, ainda houve o constrangimento de serem cobrados por uma taxa de R$ 160 pelo serviço funerário. Em nota ao REPÓRTER, a Prefeitura afirmou que “a Administração Municipal confirma a presença de dois funcionários no local, sendo um roçador e um servente de serviços gerais. Lamentavelmente, esses profissionais se recusaram a executar o serviço necessário, causando transtornos à família enlutada” e que já abriu um Processo Administrativo Disciplinar- PAD, para avaliar a conduta dos referidos funcionários, bem como dos responsáveis pelos serviços no cemitério”.

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