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Com queda de energia e inconsistência nas afirmações, oitiva do presidente da Enel em SP dura oito horas

Terça-feira, dia 14/11, a reunião da CPI da Enel com oitiva do presidente da Enel SP, Max Xavier Lins, durou oito horas.

 

 

Terça-feira, dia 14/11, a reunião da CPI da Enel com oitiva do presidente da Enel SP, Max Xavier Lins, durou oito horas. A relatora da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito da Enel na Alesp- Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputada estadual Carla Morando, questionou o presidente da empresa e constatou inconsistência nas afirmações do executivo.

Deputads Carla Morando faz questionamento em oitiva da CPI

 

Reunião muito importante e extensa que teve a participação dos prefeitos e detectamos muitas inconsistências nas respostas do presidente da Enel SP”, disse a deputada que indagou Lins sobre os investimentos anunciados pela empresa. “Não vemos esse investimento por mais que o senhor fale. A Enel não está atendendo a população. É só andar numa rua e encontramos cruzeta podre, para raio que não funciona ou não tem ou fio que está frouxo por falta de manutenção”, citou a relatora.

 

 

“Lutamos para acabar com os inúmeros problemas que a empresa causa na vida das pessoas. Queremos saber: quem vai indenizar a população que perdeu alimentos e os comerciantes que tiveram prejuízos no apagão? Por que a empresa reduziu o número de funcionários? Por que não investe como deveria em manutenção e modernização da rede elétrica? E muitas outras perguntas que são importantes para obtermos informações para o relatório que entregaremos no final da CPI”, concluiu .

Presidente da Enel SP em oitiva da CPI

 

A reunião teve a participação de prefeitos paulistas. Entre eles, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, que juntamente com outros gestores relatou exemplos do péssimo serviço prestado pela concessionária, que atrasa o desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo. O prefeito também cobrou o ressarcimento à população. “Que todos os consumidores sejam ressarcidos pelos prejuízos causados, não só pelo apagão do último dia 3 de novembro, mas pelos outros problemas, como o caso da nossa comunidade “Zé do Buraco”: mais de mil pessoas sem luz por três dias devido a uma chuva normal em janeiro”, disse Orlando Morando.

“Não obtive respostas. Pelo contrário, ouvimos um discurso evasivo e mentiroso, de quem não se preocupa com o cidadão e sim com o lucro. Mais de um bilhão em 2022.
Meu desejo é que os deputados concluam a CPI, que tem como relatora a minha esposa, deputada estadual Carla Morando, e que esse sujeito seja devidamente responsabilizado pela sua péssima gestão e pelo descaso com a população”, concluiu o prefeito.

Amparado por um habeas corpus, o executivo da concessionária, mais uma vez, atribuiu os estragos com o apagão do dia 3 às árvores e ao “evento climático extremo”. Em decorrência de quedas de energia que aconteceram no início da reunião da CPI, Lins teve a sua apresentação de slides comprometida no começo da explanação. Foram ao menos duas quedas de luz com duração de poucos segundos.

Os trabalhos da Comissão continuam na próxima, quinta-feira, dia 16/11, às 9h30. Haverá mais uma reunião da CPI da Enel, desta vez, com a oitiva do presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, e da diretora de Sustentabilidade da ENEL, Marcia Massotti.

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