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Moradores de Mauá sofrem há sete anos com descaso no esgoto

Há mais de sete anos, moradores de Mauá sofrem com vazamento de esgoto

 

 

Moradores do Jardim Ipê sofrem com chuvas e vazamento de esgoto, em Mauá

 

 

Marcos Fidelis

 

 

Em Mauá, moradores reclamam de constantes vazamentos de esgotos em plena rua. A situação tem se agravado com frequentes ocupações irregulares na região do Jardim Ipê. Em dias de chuva o medo das enxurradas toma conta, em dias de calor o mau cheiro das tubulações da BRK torna-se um problema.


Moradores do Jardim Ipê sofrem com chuvas e vazamento de esgoto, em Mauá

Há pelo menos sete anos, moradores da rua do Cedro, no Jardim Ipê em Mauá, sofrem com a invasão de esgoto em suas próprias casas. “Todos os dias preciso limpar minha garagem que fica coberta de lama e água suja”, nos conta a aposentada Aparecida Vieira.

Moradores enviaram ao REPÓRTER vídeos e fotos de até mesmo dejetos humanos sendo despejados em plena rua. A situação se agravou nos últimos cinco anos, quando uma área foi ocupada de maneira irregular na parte superior do bairro.

“Eu pago minhas contas em dia, todos os meses um valor absurdo é cobrado pela BRK, quando reclamo desse mau cheiro e da invasão de esgoto, ela joga para Prefeitura (de Mauá), são dezenas de protocolos e até abaixo assinado e nada é feito”, desabafa dona Cida, como é conhecida pelos vizinhos.

Segundo ela, a situação tem afetado até mesmo a estrutura física da casa. “São dois problemas: no calor não é possível suportar o cheiro forte de esgoto e nas chuvas eu temo pela enxurrada que desce do alto do morro”, desabafa.

Impacto

Além do escoamento de esgoto em plena rua e infiltrando nas paredes, Aparecida Vieira também relata que nos dias de calor a sua rede de esgoto, legalizada e devidamente taxada e atendida pela BRK acaba sendo um problema. “Aqui (em uma casa anexa à sua residência) não consigo nem alugar, inquilino nenhum quer parar aqui. É impossível, o cheiro é algo absurdo e além de afetar minha casa, me prejudica financeiramente”, nos conta.

Ocupação

A equipe do REPÓRTER esteve na região ocupada irregularmente, onde pôde constatar diversas construções em meio a barrancos e uma estrutura precária e improvisada pelos próprios moradores para tentar amenizar o problema da falta de infraestrutura para esgoto e escoamento de água da chuva. Com as intervenções sem planejamento, a parte baixa do bairro acaba ainda mais prejudicada.

Vizinhança

A casa de Aparecida Vieira não é a única atingida pelo problema, seu vizinho Garibaldi Cosmai também é diretamente impactado e por toda casa é possível observar infiltrações. “A gente fica perdido, a água tem um cheiro forte, às vezes vem lama junto, acionamos até a Defesa Civil, ninguém nos diz absolutamente nada, um jogo de empurra-empurra”, afirma Cosmai.

Outro lado

Procurada, a BRK afirmou que “o vazamento de esgoto informado é de uma rede particular, construída e operada pelos próprios moradores, de uma área ocupada das Ruas Pinhos e Jacarandá”. Questionada sobre a situação de dona Aparecida Vieira, cujas contas com a concessionária estão em dia e, não se trata de apenas um problema da ocupação irregular, a empresa não respondeu. A Prefeitura de Mauá também foi questionada sobre as ocupações irregulares, falta de infraestrutura e os claros riscos aos moradores, mas não se pronunciou.

 

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