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Um ‘buraco’ entre os tempos (2020 / 2023)

Erika Martinez 

Existe um tempo único real, que flui do passado em direção ao futuro, e que rege de algum modo os fenômenos do Universo? Seria o tempo, por um lado, apenas uma criação da nossa consciência, uma estrutura que projetamos sobre os fenômenos a fim de interpretá-los? Ou seria ele uma relação entre coisas, concebido, medido e determinado a partir dos próprios fenômenos físicos? E mais: o que é o agora?
Os atos humanos influenciam a sensação e percepção do tempo? Momentos felizes fazem o tempo voar, momentos tristes fazem o tempo durar e não passar?
Embora a idéia do fluir do tempo esteja conosco desde o início da humanidade e culturas com seus povoados  – seja lá o que isso significa – neste artigo o propósito é o análise mais sensível, o olhar de uma possibilidade do que tem ocorrido conosco, o mundo, o tempo, o espaço e principalmente a esperança e nosso convívio com nossa própria alma.
Estes dias me peguei pelas redes sociais e uma frase me chamou a atenção:  “Tá uma mistura de fim de ano, com fim de mundo que nem sei mais que roupa vou usar”.
Ao fechar os olhos, acalmar a mente, como um flashback, túnel do tempo, um ‘insight remember’ da noite de 31 de dezembro de 2019 e 1 de janeiro de 2020. Me peguei mentalmente ouvindo repercussões de colheradas de lentilhas da sorte e cores de roupas pra energias na virada. Sentia o cheiro do churrasco daquele dia, do tempo chuvoso e do brinde.
Os anos após? A pandemia? Sinceramente sumiram.
Logo 2023 abre as portas. Seriam as tais lentilhas da sorte de 2019/2020 ou a cor de roupas para a noite do dia 31 que farão sentido ou o real sentido será a reflexao do que realmente é felicidade e esperança. Ou talvez, possivelmente, olhar a cadeira vazia e  perceber qual o verdadeiro valor da vida.
Tempo, esperança.
Espaço entre os tempos?
Reflexão.
Erika Martinez  (Comunicologa e Psicanalista)
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