“Que Deus lhe conceda do céu o orvalho e da terra a riqueza, com muito cereal e muito vinho”
Gênesis 27:28
Misturou 2% já não deveria ser um varietal!
No mundo do vinho existem denominações bem próprias para este meio. Mas hoje quero destacar uma designação com que não concordo e vou explicar o motivo.
Varietal nasceu para explicar que o vinho de tal garrafa só possui um tipo de uva, por exemplo: 100% Merlot, ou totalmente produzido com a Carmenére, ou outro tipo de uva. É fácil compreender, então, que varietal significa uva de um único tipo. Mas ai surgiu a exceção que foge a regra, explicando que se a mistura da segunda uva não ultrapassar certa porcentagem pode ser considerada uma garrafa de vinho varietal. E é com isso que não concordo. Em países como Brasil, Chile e Nova Zelândia, a exigência é 75% de predominância. Já na Alemanha e África do Sul, é necessário que o vinho possua, pelo menos, 85% da casta em questão.
Essa história é tão confusa que tiveram que “inventar” um outro termo, a tal palavra: monovarietal! Assim se a garrafa ‘só’ tiver um tipo de uva não seria varietal, mas sim, monovarietal. A “interferência” de uma segunda uva, seja 2%, 7% já ocasiona uma significativa mudança na produção do vinho que logicamente deixa de ser se uma só casta. Eu, particularmente não consigo entender por que tiveram que inventar a tal palavra “mono”varietal, quando só o varietal já deixava tudo muito bem explicado.
Nossa Sugestão
Produzida com as castas Touriga Franca, Tinta Roriz, Sousão, Tinto Cão e Tinta Barroca, o Valle Longo Colheita Tinto Doc (Portugal) resulta em um tinto seco, vermelho intenso e muito versátil, ou seja, ideal para pratos de carne, bacalhau, pastas e queijos. Na Bodega Pastore (11) 9.9604-7743 seu valor é R$ 56,00.