Pois é, enquanto vem aumentando o número de milionários no país, a absoluta maioria dos brasileiros vive aos sobressaltos, obrigada a conviver com velhos demônios do país, tal como a fome, miséria e pandemia viral, que já ceifou a vida de mais de 600 mil brasileiros. Cominando com o desemprego, inflação, preços astronômicos e a pobreza.
A recessão econômica, os juros altos, mazela que condena boa parte do Brasil a um estado de inanição, não impediu, no entanto, o crescimento da inflação e do clube dos ricos no Brasil. A estagnação da economia, o desemprego em 2020 e 2021 não foi sentida da mesma maneira por todos os brasileiros.
No ano em que o produto interno bruto (PIB) recuou a patamares de anos atrás e o desemprego bateu recordes históricos, constata-se paradoxalmente que o número de milionários do país aumentou desproporcionadamente a anos anteriores, mesmo em meio a pandemia viral e a perda de renda de milhões. Ser rico não é pecado. Pelo contrário, quando acumulada em bases sólidas, honestamente, a riqueza é uma virtude, um reconhecimento merecido por anos e anos de trabalho árduo diuturnamente.
A questão que se levanta aqui é que boa parte dessas fortunas foram engrossadas basicamente com a atividade da especulação financeira, como são os casos do Ministro da Fazenda do desgoverno Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e outros. O Brasil, que no passado era reconhecido como um país de oportunidades iguais para todos, hoje vive quase refém da ciranda que movimenta o mercado financeiro e das comodis do petróleo, da carne, feijão, arroz, do óleo de soja e tantos outros. Um fenômeno que aliás, não é privilegio tupiniquim. Afinal, o atual desenho da economia global em meio a pandemia com milhares e milhares de mortos em todo mundo só beneficiou os milionários dos quatro cantos do planeta.
Bom seria se o dom da riqueza estivesse compartilhado com todos aqueles que geram empregos e que apostam no setor produtivo como forma de estimular o crescimento do país e não do ganho fácil com especulação em bolsa de valores !!!”
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