ArtigoGeralHome

“A FOME NÃO ESPERA !”

TURÍBIO LIBERATTO

 

Como miséria pouca é bobagem, além da pandemia viral que ceifou a vida de mais de 576 mil pessoas no Brasil, temos na Capital e Estado mais rico do país, pessoas aos montes perambulam com suas trouxas de roupas, bolsas ou sacolas á mão. Sem abrigo, emprego ou dinheiro e em muitos casos comendo resto de comida em lixeiras, á noite vão para as barracas de camping, único luxo que garante uma noite menos fria na maior Capital do país. São jovens, idosos, mulheres, homens, pessoas com deficiência, grávidas ou famílias inteiras.

A cena, antes restrita somente ao centro de SP, agora se espalha nos bairros, nos metrôs, em viadutos, região metropolitana e cidades interioranas. Está escancarado, até para quem não quer ver, que o Brasil atravessa uma conjuntura sem precedentes. A tríplice das crises sanitária, econômica e política estão devastando famílias brasileiras, que sem renda perderam a moradia e a dignidade.

A pandemia foi implacável para as famílias em vulnerabilidade social. Precarização do trabalho, informalidade, desvalorização do dinheiro, inflação dos alimentos, aumentos abusivos do preço de itens básicos como energia, gás e combustível e alimentos como arroz, óleo de cozinha, feijão e tantos outros formam a receita infalível para retroceder 20 anos e o Brasil voltar infelizmente a ser o país da fome e desesperança. São quase 20 milhões de brasileiros passando fome, segundo dados do inquérito nacional sobre insegurança alimentar no contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvida pela rede brasileira de pesquisa em soberania e segurança alimentar (Rede PENSSAN).

Lembrando que em 2013, a ONU (Organização das Nações Unidas) retirou o Brasil da lista dos países da fome ao ficar abaixo de 5% de famílias com algum nível de insegurança alimentar. Oito anos depois, incluso aí menos de 3 anos de desgoverno Jair Bolsonaro, essa porcentagem está agora em 9%.

A pandemia sozinha não é a grande vilã, mas a inoperância e incompetência dos governos, a crise se agrava a medida que há um desmonte dos programas sociais.

A concentração de renda só tem aumento nas mãos de uma pequena parcela da população demonstra que estamos longe de uma sociedade mais justa e um país melhor !!!”

 

TURÍBIO LIBERATTO

 

E-mail: [email protected]

Facebook: [email protected]

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo