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São Bernardo registra 1º semestre com mais óbitos e menos nascimentos

Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco na cidade de São Bernardo do Campo em um primeiro semestre como em 2021. Diferença entre nascimentos e óbitos é a menor já registrada desde o início da série histórica

A pandemia da Covid-19 vem causando um profundo impacto nas estatísticas vitais da população de São Bernardo do Campo. Além disso das mais de 3,5 mil vítimas fatais atingidas pela doença na cidade, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil em São Bernardo do Campo, em 2003: sendo assim nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano.

Contudo os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Em números absolutos os Cartórios de São Bernardo do Campo registraram 4.425 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 134,6% maior que a média histórica de óbitos na cidade, e 44% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses em São Bernardo. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 90%.

Com relação aos nascimentos, São Bernardo do Campo registrou o segundo menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 5.327 nascimentos, número 7,2% menor que a média de nascidos na cidade desde 2003, e 3,2% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 1,6% em São Bernardo.

O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre na cidade de São Bernardo do Campo, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. Além disso a diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 3.856 nascimentos a mais, caiu para apenas 902 em 2021, uma redução de 76,6% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 62,9%, e em relação a 2019 foi de 70,7%.

“Com o Portal da Transparência, podemos visualizar a real condição que a sociedade está passando, como o grande aumento no número de óbitos e a diminuição dos nascimentos“; comentou Luis Carlos Vendramin Junior, presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP). “Por meio da plataforma, o Poder Público pode fazer uma análise dos impactos da doença; e trabalhar as políticas necessárias para atendimento à esta nova realidade populacional“, concluiu.

Natalidade e Casamentos

Embora não seja a regra, a série histórica do Registro Civil; demonstra que o aumento no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de natalidade em São Bernardo do Campo; o que deve fazer com que os nascimentos ainda demorem um pouco a serem retomados; já que no primeiro semestre de 2021 a cidade registrou o segundo menor número de casamentos desde o início da série histórica em 2003.

Embora 24,2% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre em São Bernardo do Campo; o número de matrimônios em 2021 mostra uma recuperação em relação às celebrações do ano passado; fortemente impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos de higiene necessários à contenção da doença. Até junho deste ano os Cartórios celebraram 1.841 casamentos civis; número 13,4% maior que os 1.623 matrimônios realizados no ano passado, mas ainda 20,8% menor que os 2.325 casamentos celebrados em 2019.

 

Sobre a Arpen/SP

De acordo com fundada em fevereiro de 1994; a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) representa os 836 cartórios de registro civil; ainda mais que atendem a população em todos os 645 municípios do Estado; além disso de estarem presentes em outros 169 distritos e subdistritos, realizando os principais atos da vida civil de uma pessoa; o registro de nascimento, casamento e óbito.

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