O Opala Comodoro ano 1979 do Beto é um exemplo de raridade e bom gosto pois se trata de um modelo com o interior na côr vinho ou Chateau termo muito usado nos anos 70 e 80. Essa máquina veio de fábrica equipado com um motor de 6 cilindros 250S e recebeu uns adereços esportivos para deixar o carro ainda mais potente como comando bravo, cabeçote preparado, carburador Weber 40 etc. O carro ficou com um desempenho excelente e recebendo também rodas do Santa Matilde e pneus Cooper Cobra para uma maior segurança em função do aumento de potência. O Beto adquiriu o seu Comodoro em 2005 e depois de alguns meses fez uma restauração completa apenas na parte de funilaria e pintura, pois a tapeçaria interna do veículo estava em ótimo estado de conservação.
Nascimento do Opala:
Seu projeto, chamado de 676, demorou cerca de dois anos para a conclusão, sendo apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 23 de novembro de 1968, já como linha 1969. A composição do Opala, combinava a carroceria alemã do Opel Rekord C / Opel Commodore A, fabricado de 1966 a 1971 com a mecânica do norte-americano Chevrolet Impala, fazendo que existisse duas unidades de medida distintas (em função dos países de origem), tanto no conjunto motriz, como na carroceria.
Fora fabricado ao longo de 23 anos e cinco meses na cidade paulista São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, passando por atualizações estéticas e mecânicas, sendo mantido o projeto original, até ao dia 16 de abril de 1992, uma quinta-feira. Durante o período em que esteve em produção, foram oferecidas paralelamente duas opções de motores ao Opala, 4 ou 6 cilindros, tanto para as versões básicas, luxuosas ou esportivas. Durante todo o seu período de fabricação, foi considerado um veículo robusto e confortável, com um bom espaço aos ocupantes.
Do início ao fim de sua produção, não sofreria grandes mudanças no projeto original, mantendo a mesma linha de cintura (desenho lateral) e motorização com o passar dos anos, sendo eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972, e a station wagon Caravan, de 1976. Ao final de sua produção, acumularia um número próximo a um milhão de unidades(sempre carburado), sendo sucedido pelo Omega, um também projeto Opel.
Em sua campanha publicitária de lançamento, nos comerciais televisivos personalidades de época como o jogador de futebol Rivelino e a atriz Tônia Carrero, testavam o veículo anunciando as qualidades que o mesmo oferecia, enquanto que a propaganda impressa daria destaque na robustez e performance que o Opala fornecia.
Agradeço o Beto Tenani pela gentileza e ao Jornal Abc Repórter que ajuda a manter a chama do antigomobilismo na região do Abc.
Atilio Santarelli