Uma iniciativa que une as indústrias de arroz e cerâmica. À primeira vista, o cenário pode parecer incomum. No entanto, um projeto piloto no Sul catarinense tem provado que a parceria pode, muito bem, gerar resultados extremamente positivos e, o melhor de tudo: sustentáveis.
Em parceria com a Cerâmica Guarezi, de Treze de Maio, e com o apoio do Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça (Sindicer-MF), a Fumacense Alimentos iniciou mais uma ação visando o reaproveitamento máximo de resíduos de seu processo produtivo: agora, a cinza originada da queima da casca de arroz virou matéria-prima para a composição de tijolos.
Mas como funciona esse projeto piloto?
A Fumacense Alimentos possui uma usina termelétrica própria, que produz energia elétrica por meio da queima da casca do arroz que seria descartada. Desse processo, resta a cinza originada da incineração. Parte dessas cinzas já é reutilizada por indústrias siderúrgica e cimenteira de diferentes estados do Brasil, mas até então; em torno de 20% do resíduo ainda sobrava.
Até que, cerca de um ano atrás, com objetivo de reutilizar também essa quantidade restante e por conta da quantidade de sílica existente nas cinzas; iniciaram-se os testes de aplicação do resíduo; juntamente com a argila, na composição de tijolos. De acordo com, após diversos estudos, chegou-se à conclusão de que, com 15% de cinza na mistura, os tijolos ficaram mais leves, sem perder sua resistência.
“Afinal, pra se ter uma noção do impacto; em um único mês, destinamos uma média de 70 toneladas de cinza da casca de arroz para a composição de tijolos. Algo de extrema importância para os pilares de sustentabilidade da empresa, uma vez que, com esse projeto; conseguimos ter o rastreio de todo o resíduo originado do nosso processo de produção”, completa Tezza.