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Empresários unem forças para conscientizar sobre necessidade da abertura dos comércios

cerca de 200 proprietários de bares e restaurantes do Grande ABC movimentam protesto para manter abertos os estabelecimentos e fortalecer a atuação dos pequenos empreendedores.

Com pedido de “socorro” Empregos são essenciais. Concordamos com o momento, mas não depende só de nós. Governador faça sua parte!”, cerca de 200 proprietários de bares e restaurantes do Grande ABC movimentam protesto para manter abertos os estabelecimentos e fortalecer a atuação dos pequenos empreendedores.

“Começamos este movimento e colocamos as faixas para causar impacto para aqueles que regem os fechamentos dos estabelecimentos. Estamos unidos em prol da continuação dos pequenos empreendedores da nossa região”, afirma Rodrigo Julian, proprietário do Boteco 5 Esquinas, em Santo André.

Pandemia: Novo momento em São Paulo

Em mais uma ação para conter o avanço da Covid-19 no Estado de São Paulo, o Governador João Dória decretou a fase vermelha durante 14 dias. O lockdown em São Paulo entrou em vigor no sábado (06) e vai até o dia 19 de março. “Vamos enfrentar, nas duas próximas semanas, as piores semanas da pandemia desde março do ano passado”, pontuou o governador em coletiva de imprensa.

Além disso, haverá toque de restrição das 20h até 5h. Por isso, apenas serviços essenciais poderão funcionar, entre eles farmácias, hospitais, supermercados e outros. Porém, mais uma vez, para bares e restaurantes só está permitido o funcionamento via delivery ou sistema pegue&leve. O que agrava ainda mais a atuação dos pequenos empreendedores.

O pedido dos empresários é que levem em conta o período de dificuldades que assola a todos. “É um momento difícil para nós. Escolha por manter-nos funcionando agora e depois da pandemia. Apoie nossa causa”, afirma Julian.

Estatísticas e perdas

A situação financeira dos bares e restaurantes se agrava a cada dia, à espera de ajuda. Com uma onda de novas restrições por todo o país, as empresas se veem emparedadas: por um lado, o faturamento cai. Por outro, as dívidas se acumulam. É o que mostra a pesquisa nacional da Abrasel realizada no fim de fevereiro, com mais de 1.500 respostas de todos os estados.

Nada menos que 80% das empresas disseram estar trabalhando sob restrições dos governos municipais e estaduais, um crescimento de 11% em relação ao último levantamento, feito em janeiro. Na média nacional, 60% das empresas dizem estar operando com prejuízo – em São Paulo, este índice chega a 72%. Outros 60% estão com pagamentos de dívidas (impostos, aluguel, fornecedores) em atraso, alta de 3% em relação à pesquisa anterior.

“É necessário e urgente contar com a ajuda dos governos estaduais e municipais, que só estão se mexendo para impor novas restrições, sem estender a mão a quem foi mais duramente impactado pela pandemia, de modo desproporcional.

Atual situação

Bares e restaurantes estão pagando a conta, a meu ver, de maneira injusta. Em São Paulo, por exemplo, o governo Dória, além de não trazer ajuda digna deste nome, ainda aumenta impostos de insumos essenciais, causando mais prejuízo num momento dramático por si só”, diz o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

A pesquisa da entidade também traz uma análise comparando o faturamento entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. Chama a atenção a drástica perda de receita. A faixa de bares e restaurantes que faturam mais de R$ 140 mil ao mês, por exemplo, teve queda de mais de 30%, enquanto as faixas de faturamento mais baixo cresceram.

Ou seja, a receita caiu de modo acentuado. Como a grande maioria (64%) teve de fazer novos empréstimos durante a crise, a pressão aumenta. Ainda mais em função das carências dos empréstimos, que começaram a vencer. Sem conseguir pagar nem mesmo impostos, 65% se veem em risco de sair do Simples Nacional, onde a maioria se enquadra.

“São várias frentes em que lutamos. A pesquisa mostra que 62% têm a percepção de que os custos com mercadorias subiram mais de 20% no ano passado, mas pouquíssimos viram condição de repassar isso ao cardápio, pelo risco de perder ainda mais receita.

Outra questão é a dos empregos, já que com o fim do benefício emergencial, as empresas tiveram de recontratar pagando o salário cheio. Levamos isso para o governo federal e esperamos que em breve sejam anunciadas medidas para atacar o problema”, completa Solmucci.

Dados das estatísticas em www.abrasel.com.br

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