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As três pequenas grandes vitórias ou, simplesmente, uma história de amor

Dr. Paulo Hoffman 

 

O ano de 2020 ficará marcado como aquele que tivemos que nos reinventar e, também por isso, ao invés de somente desejar um Feliz Natal e um ano de 2021 com todas as realizações que tiveram que ficar em compasso de espera, pedimos licença para no lugar dos habituais textos informativos trazer a seguinte narração.

 

A faculdade de Direito descortina imensas oportunidades, pois, apesar de ser talvez a única faculdade que o formando, sem prestar um concurso, não está habilitado a exercer qualquer outra profissão que não seja a de assistente jurídico, porquanto se forma somente em bacharel em Direito, permite escolher entre várias e belas carreiras.

A escolha vai depender do perfil de cada um e até mesmo da visão que tem da Lei,

  • por isso é muito comum discordâncias respeitosas sobre a interpretação de um mesmo caso,
  • sem que exista necessariamente uma única posição correta,
  • o que é comum para o operador do Direito,
  • mas praticamente inaceitável para o assim chamado leigo.

 

Ao advogado cabe o papel de falar pela parte e levar seu caso ao Poder Judiciário, de forma técnica, mas como se a própria pessoa lá estivesse. Ao advogado é permitido aceitar ou não um caso, mas não cabe a ele fazer juízo de valores, embora deva ser sincero e orientar o indivíduo para que não se lance numa aventura jurídica. No decorrer da carreira os casos se repetem e nem sempre são todos emocionantes, vibrantes e sagazes como nos filmes americanos, ao contrário, a burocracia e a falta de estrutura do Poder Judiciário torna a rotina em praxe.

 

Entretanto, a Paulo Hoffman Advogados teve a honra de participar de um destes raros casos em que se pode, realmente, fazer-se JUSTIÇA!

Foi no caso da pequena, bela e inteligente garota VITÓRIA, cuja mãe biológica (não devemos julgar sem antes conhecer as razões) a abandonou logo após o nascimento, deixando-a com o pai com quem tinha mantido um breve romance. O pai por sua vez, havia apenas iniciado a viver com Sandra, a qual não somente aceitou e abrigou a pequena Vitória, como a tratou com todo amor de mãe, tornando-se sua verdadeira mãe desde os primeiros dias de vida. Vitória sempre teve conhecimento de sua história e sobre sua mãe biológica. Anos se passaram, e Sandra se separou do pai da pequena Vitória, mas a filha permaneceu com ela.

Toda ajuda jurídica que procurou levava Sandra à informação que não seria possível a adoção, pois o pai ainda convivia normalmente com a filha e a mãe biológica poderia vir a qualquer momento reclamar a guarda da filha. Sandra vivia em completo desespero, além de não poder nem mesmo decidir nada sobre a filha na escola.

 

Aqui, entram na história a força de duas outras grandes mulheres. Sandra foi contratada para trabalhar com Miriam e como na empresa já havia outra funcionária com o mesmo nome, Sandra teve que usar um outro nome, e a escolha óbvia foi Vitória. Ao contar suas angústias para Miriam, essa procurou a sócia do escritório Paulo Hoffman Advogados, a advogada Marcia, que prontamente se prontificou a ajudar, pro-bono.

 

O processo teve seu longo trâmite normal, com idas e vindas, momentos de tensão, até que, finalmente, a terceira VITÓRIA nasceu, com a sentença proferida,

  • tornando legal aquilo que já era fato na vida e no coração de Vitória
  • e Vitória (como Sandra hoje é conhecida por todos em seu ambiente de trabalho),
  • finalmente declaradas como MÃE e FILHA.

 

Vitória, “Vitória”, Miriam e Marcia, quatro exemplos clássicos da força e da capacidade de amar das mulheres.

 

No filme Filadélfia, o personagem de Tom Hanks,

  • que apesar de também advogado estava depondo na qualidade de autor de um processo judicial de discriminação por dispensa imotivada,
  • indagado por seu advogado (papel do brilhante Denzel Washington) sobre o que mais amava em se advogado,
  • ele responde: “É que, raramente, a Justiça é feita,
  • e quando isso acontece, é simplesmente maravilhoso poder participar”

Este escritório de advocacia, representado por sua sócia Marcia, teve a rara chance de vivenciar a JUSTIÇA verdadeiramente sendo feita.

 

  • Parabéns pequena Vitória por sua alegria genuína e compreensão de fatos ainda tão complexos.

 

  • Ainda mais parabéns “Vitória” pelo mais puro sentimento, o genuíno amor de mãe.

 

  • Parabéns Miriam e Márcia pela generosidade.

Dr. Paulo Hoffman  
Doutor, mestre e especialista pela PUC-SP. Especialista pela Universidade de Milão – Itália. Ex-professor nos cursos de pós-graduação da PUC-SP. Autor de diversos livros.

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