Cura do câncer de próstata chega a 90% nos casos de diagnóstico precoce
‘Novembro Azul’ a importância do acompanhamento anual de rotina com o urologista, que deve iniciar entre 45 e 50 anos de idade
Assim que, o assunto é saúde masculina, as doenças que afligem o homem ao longo do envelhecimento, sem dúvidas, a próstata é o alvo:
Mas, especialmente em função das duas principais doenças que acometem o órgão:
- O crescimento benigno da próstata,
- O câncer de próstata.
Conforme, a maior longevidade da população, as duas doenças têm se tornado cada vez mais comuns.
A próstata é glândula responsável pela produção de boa parte do sêmen.
Está localizada abaixo da bexiga e ao redor da uretra – canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.
Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens:
- (Atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).
Neste mês de “Novembro Azul”, todo o País está mobilizado para prevenir e combater a doença, responsável por 65,8 mil novos casos todos os anos, assim como pela morte de 15,5 mil homens anualmente.
O principal tumor maligno do órgão é o adenocarcinoma de próstata.
Seu pico de incidência é por volta dos 65 anos, mas já começa a se manifestar ao redor de 45 anos.
Por essa razão, os homens não devem descuidar da prevenção e do acompanhamento médico – especialmente nessa faixa etária.
“A recomendação para o rastreamento do câncer de próstata mudou um pouco nos últimos anos.
Hoje, o homem deve frequentar o consultório do urologista anualmente a partir dos 50 anos.
Pacientes de raça negra, obesos e homens com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar aos 45 anos”,
Informa o urologista do:
- Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC
- e do Hospital Estadual Mário Covas, Dr. Mário Henrique Elias de Mattos.
Segundo o especialista, o único fator de risco reconhecido para a doença é a genética, pois existe certo padrão de hereditariedade.
“Nos homens com um familiar de primeiro grau (pai ou irmão, por exemplo) que tem ou teve a doença.
As chances de também apresentar o problema são três vezes maiores na comparação com a população geral.
Já nos homens com pelo menos dois familiares em primeiro grau acometidos pelo câncer de próstata, há seis vezes mais chances”, detalha Mattos.
Felizmente, trata-se de um câncer que, quando identificado de maneira precoce, apresenta taxas de cura extremamente elevadas.
De cada 10 homens com diagnóstico da doença em fase inicial, nove chegarão à cura – ou seja, índice de 90%. Por isso a importância de procurar pela doença antes que se manifeste clinicamente.
DIAGNÓSTICO PRECOCE
A melhor forma de detectar precocemente o câncer de próstata é a associação da dosagem do PSA (que é uma proteína produzida pela próstata, que pode ser dosada no sangue)
com o exame de próstata, também conhecido como toque retal.
“O exame de toque permite perceber alterações na textura da glândula.
É rápido, muito tolerado e indolor.
É possível que haja algum grau de constrangimento por uma parte dos homens, mas o médico urologista, ao longo da consulta, esclarece todas as dúvidas.
Orienta sobre a importância da avaliação e, dessa forma, tranquiliza o paciente para a realização do exame, que dura poucos segundos”, explica Dr. Mário Mattos.
É importante realizar os dois exames, pois cerca de 15% dos tumores malignos da próstata não produzem quantidade elevada de PSA, sendo suspeitos exclusivamente pelas alterações observadas no toque retal.
Caso haja suspeita, a confirmação é feita a partir da coleta de biópsias da próstata, através de ultrassonografia endoanal sob anestesia.
TRATAMENTOS
Os tratamentos do câncer de próstata são em dois grupos:
- tratamentos de intenção curativa (indicados em doenças em estágio inicial, quando se pretende curar)
- e tratamentos de intenção paliativa (indicados em doenças localmente avançadas ou já disseminadas, quando se pretende controlar a progressão da doença).
A cirurgia para retirada da próstata ou a radioterapia tem como, a intenção curativa.
Já quimioterapia e bloqueios hormonais com medicações são reservados para doenças em estágios mais avançados, em que a cura já não é mais possível.
“É importante reforçar que o diagnóstico precoce da doença aumenta muito as chances de cura.