Muita gente pode criticar, esbravejar, dizer que não está pensando nisso, já ter ouras preocupações como emprego, renda e saúde, mas o pleito acontecerá.
Adiado, mas acontecerá ainda neste ano. Mesmo sendo em novembro, as articulações políticas começaram, e já tem pré-candidatos fazendo reunião, outros fazendo propaganda do nome em redes sociais, por aí.
A pandemia do coronavírus acontecer bem em ano de eleição pode ser útil para os eleitores repensarem a maneira como escolhem seus candidatos. No Brasil é comum não se saber exatamente o que um político faz, e essa é uma das razões para a ojeriza á classe.
O papel de um vereador ou prefeito é facilmente confundido com um provedor, aqueles que tem a oferecer algum tipo de vantagem pessoal ao eleitor em troca do voto.
As eleições municipais acabam sendo reflexo mais profundo da realidade do país. Nas mais de 5,5 mil cidades, cada paço municipal e cada Câmara abrigam as sementes da corrupção.
É usual um eleitor não entender o que há de errado ao pedir uma cesta básica, vaga de emprego ou uma ajuda financeira para pagar conta de luz, de água, comprar gás de cozinha a um candidato. E mais normatizado ainda um candidato eleito se mostrar grato por ter recebido dinheiro na campanha e recompensar o amigo com uma obra na prefeitura.
O descaso com o dinheiro público começa nas cidades e se amplia nas esferas estaduais e federal. Assim de favorzinho e jeitinho, chegamos a escândalos como das operações lavajato ou carne fraca. Assim é o Brasil !
