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Moradores de Santo André fortalecem rede de comunicação para combater contágio pelo coronavírus

Entidade social e jovens da periferia se organizam para criar e divulgar conteúdos que possam chegar na ponta de territórios vulneráveis

 A prevenção e a luta contra a pandemia do novo coronavírus em regiões periféricas muitas vezes são prejudicadas devido à falta de acesso à informação e à circulação de boatos. Entretanto, em Santo André, a alternativa encontrada para enfrentar esses problemas foi o fortalecimento de uma rede virtual de comunicação, que reúne moradores e lideranças de 80 comunidades e conjuntos habitacionais do município.

Comitê das Comunidades

Em meados de março, o MDDF (Movimento de Defesa dos Moradores de Núcleos Habitacionais de Santo André) criou o ‘Comitê das Comunidades: rede de comunicação de enfrentamento ao coronavírus’. Além disso, a iniciativa acontece por meio das redes sociais e oferece diálogo constante com os participantes, além de compartilhamento de notícias e de dicas de prevenção e higiene.

Apoio da Fiocruz

O comitê ganhou mais força a partir de junho, com o apoio da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).  Além disso, a organização lançou um edital para financiar ações emergenciais junto a populações vulneráveis, com o objetivo de contribuir com iniciativas que visam prevenir o contágio e garantir condições mínimas de sobrevivência a famílias impactadas pela crise socioeconômica.

Num momento em que o distanciamento social se faz necessário, tivemos que nos adaptar para ficar presente nos territórios e contribuir com informações diretas às comunidades. Nossas ações já chegaram a diversos locais e, com novas iniciativas, atingiremos indiretamente mais de 80% das favelas de Santo André, que representam um universo de 111 mil pessoas”, explica o coordenador do Comitê das Comunidades, Edinilson Ferreira dos Santos.

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Jovens produzem conteúdos sobre o coronavírus para ajudar comunidades de Santo André. Foto: Divulgação MDDF
Contudo, a coordenadora executiva da chamada pública da Fiocruz, Márcia Corrêa e Castro, afirma que o projeto de financiamento é fundamental para atingir várias comunidades. “Quando a gente envolve organizações sociais de todo o Brasil, em uma ação de comunicação confiável, conseguimos fazer com que a informação correta chegue de maneira específica e formatada para diferentes públicos em cada região do país”. A Fiocruz disponibiliza, por meio da campanha ‘Se liga no Corona!’, conteúdos de livre acesso sobre a Covid-19.

Diferentes realidades das favelas

A partir das diferentes realidades das favelas de Santo André, o Comitê das Comunidades consegue mapear as principais dificuldades e produzir conteúdo adaptado. Com o contato com moradores e representantes de associações de bairro, a comunicação com as comunidades fica mais direta e, assim, pode chegar na ponta dos territórios vulneráveis, o que contribui para ampliar o acesso à informação e, consequentemente, ajudar a população a vencer a Covid-19. Além disso, os informativos são feitos também por moradores de regiões periféricas e envolvem boletins em vídeos, podcasts, materiais gráficos, spots, faixas, transmissões ao vivo e posts para as redes sociais da instituição MDDF.

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