Enquanto as populações dão nó em gota d’água e tentam consertar relógio nas costas
usando luvas de box, para sobreviver à ameaça invisível do Covid-10, vemos a
maioria da casta política tratando de tirar proveito da situação.
O “Covidão” – sucessor das bandalheiras do Mensalão e Petrolão – fulgura no Brasil
assombrando o planeta, em que pesem as rápidas ações do Ministério Público com a
Polícia Federal. Prisões dos bucaneiros da vez, porém, pararão no STF…
Ao tempo, temos notícias de deputados federais invadindo hospitais sob alegação de
vigiarem a atividade contra a pandemia mas, de fato, buscando holofotes e alguns
minutos de mídia. Como se diz, besteira pouca é bobagem…
Ladrões de carteirinha, no Congresso e alhures, protestam e querem investigar a
presença de militares enquistados em órgãos de governo. Quer dizer: canalhas
engravatados podem, milicos não? Etc. etc. etc. …
Fora, é claro, três fatores dramáticos nesse circo trágico: o crescente número de
mortes e contaminações diárias, a debacle econômica decorrente e a inércia patética
da cidadania ante as estripulias institucionais.
Pairando sobre esse picadeiro surreal, temos ameaças de ruptura do Estado
Democrático de Direito por oligofrênicos e temerários para os quais milhares ou
milhões de mortos não contam. Querem o poder pelo poder, não importando os
interesses inconfessáveis subjacentes…
