GeralHomeLazer

Parque de Paranapiacaba completa 17 anos

Unidade terá Conselho Consultivo a partir do segundo semestre; órgão irá atender a legislação e ampliar a gestão participativa

Nesta sexta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o Parque Municipal Nascentes de Paranapiacaba completa 17 anos de existência. Sendo assim, criado em 2003, com objetivo de preservar os ecossistemas naturais, possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e ambiental, e de turismo ecológico (Lei Federal 9.985/2000), a área passará a contar, a partir do segundo semestre deste ano, com um Conselho Consultivo.

Secretário de Meio Ambiente, Fábio Picarelli

 

“Com o Conselho, além de atender a legislação, a unidade de conservação ampliará a gestão participativa, contando com os diversos agentes sociais envolvidos em seu território. O conselho permitirá uma maior interação entre o poder público e usuários do parque, fazendo com que as decisões sejam tomadas em conjunto em prol da conservação da natureza, tornando a gestão desse riquíssimo patrimônio muito mais eficiente”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Fábio Picarelli.

Sendo assim, o Parque foi criado em uma grande área, com 4 milhões de metros quadrados de floresta nativa e preservada de Mata Atlântica, adquirida no ano de 2002 da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA).

Facilidade de acesso

 

Por conta da facilidade de acesso, as áreas naturais do entorno da vila de Paranapiacaba foram visitadas por muitos anos, tornando-se um importante local de estudos e, consequentemente, onde várias espécies da flora a fauna nacional foram descobertas e descritas pela primeira vez pela ciência.

Neste sentido, o Parque Nascentes também continua contribuindo com essa tradição, despertando o interesse de pesquisadores de diversas áreas científicas, cooperando com fornecimento de alojamento, apoio logístico e informações sobre a unidade de conservação.

Resultado

 

Como resultado, mais de 30 trabalhos científicos foram realizados nos últimos 17 anos por pesquisadores de várias instituições de ensino superior, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC), entre outras.

Além disso, o Parque Nascentes e áreas de seu entorno também abrigam várias espécies ameaçadas de extinção. Contudo, dentre elas, uma se destaca em especial: a borboleta-palha (Actinote zikani). Registrada pela primeira vez ano de 1941, na Estação Biológica de Boracéia, não era avistada até sua redescoberta em 1991, na vila de Paranapiacaba. E durante aproximadamente 10 anos essa borboleta não foi mais encontrada, até que fosse vista novamente no Parque Nascentes.

Sendo assim, essa raridade fez com que a A. zikani entrasse na lista das espécies criticamente ameaçadas de extinção, sendo o Parque Nascentes o único local onde ela pode ser encontrada, tornando-se fundamental para a sua conservação.  Além do incentivo às pesquisas científicas, o Parque Nascentes teve grande papel no fomento à geração de renda, priorizando moradores da microrregião na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável local, mapeamento dos atrativos e capacitação.

Principal fonte de renda

 

Atualmente, por exemplo, existem 40 monitores ambientais credenciados no Parque Nascentes, dos quais 80% (32 monitores) declaram como principal fonte de renda as atividades econômicas advindas do turismo no parque e na vila de Paranapiacaba. Com seis trilhas abertas para o turismo ecológico e educacional, o Parque recebeu até hoje cerca de 300 mil visitantes de diversas regiões do estado, do país e também do exterior.

 Texto: Paola Zanei

Mostrar Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo