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Muito barulho, pouca pipoca…

Editorial -15/05/2020

Há quatro anos deu-se o impeachment de Dilma, exigido por milhões de pessoas nas ruas. Esse fator e nenhum outro foi decisivo para a defenestração. Dera-se o mesmo com Collor: sem tal característica, nada acontece.
O Jair tem 31 ou 32 pedidos de alijamento na Câmara, sob as vastas nádegas do Maia, vulgo “Botafogo” nas planilhas da corrupção reveladas pela Lava Jato. Nas ruas, ninguém brigando por isso. Há muito ruído nas tais redes sociais, cuja virtualidade onanista é tão burra quanto ineficiente, mas, boa para bate-boca de cortiço.
Não é relevante que a saturação com o Jair e suas lambanças caminhe para o ápice no meio da brutal pandemia que nos acomete, já que estamos em quarentena ou, como querem os refinados, em “isolamento social”.
Pelo andar da carroça, a preocupação instintiva com os sérios riscos à sobrevivência predomina sobre a ação contra os disparates do governo central e os subjacentes. O desastre econômico, decorrente da crise profilática, é de fato assustador.
O cenário sombrio agravar-se-á, com certeza, sem data de encerramento. Enquanto isso, as cortes palacianas engalfinham-se em pendengas demagógicas contínuas, num festival medíocre e interminável de factoides sobre factoides.
É muita fumaça, muita espuma diversionista. Enquanto o bicho pega e a casa cai, no circo político o que constatamos é muito barulho e pouca pipoca…
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