Há ilações ridículas que se propagam com mais velocidade que o Covid-19, vírus
ainda não conhecido em todos seus aspectos pelos cientistas. Uma delas é que a
China ocultou informações sobre a doença em seus inícios.
O mais plausível é terem, os chineses, desconhecimento sobre o que acontecia e só
soado o alarme após constatarem a gravidade da peste. Levaram pouco mais de mês
e meio a isso e então botaram a boca no trombone.
Aqui, mesmo com alertas claros, multidões saíram às ruas no carnaval
desentendendo-se do momento de risco. Quando o bicho começou a pegar pesado a
quarentena, sob o pomposo nome de “isolamento social”, virou moda.
É certo que o pânico aliado à ignorância agrava tragédias. As medidas urgentes
tomadas por susto foram necessárias para poupar um sistema de saúde precário de
saturação, até chegarmos ao atendimento em massa das vítimas da pandemia.
É o rumo que, aos trancos e barrancos, vamos tomando. Faz-se necessária a revisão
cuidadosa do confinamento e, mais meticulosa ainda, a retomada “lenta, gradual e
segura” (Mourão) das atividades produtivas.
Nelas está a garantia da reconstrução nacional pós pandêmica. Não será com
medidas autoritárias, como querem alguns prefeitos e governadores desentendidos,
que teremos sucesso. O processo requer inteligência e foco.
A população segue as regras, se bem explicadas. E reage mal a imposições
arbitrárias.