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“Esperrrto, cerrrto”?

Editorial - 07/05/2020

Em carioquês, a frase-título refere-se ao sujeito cheio de manhas e astúcias, ao
espertalhão. Ou seja, à antítese da sobriedade e da discrição. O finório, não sendo o
centro das atenções, entra em parafuso.
Na História recente, temos figurinhas carimbadas como Jânio Quadros, Collor de
Mello, Maluf, Lula e, hoje, o Jair, para pegar alguns exemplos. Não importam seus
motivos.

O último não mudará: nasceu assim, viveu assim e assim morrerá. Na hora que julgue
certa fará piada. Sabe que quem quer rir tem de fazer rir e, na falta de argumentos,
parte logo para o deboche e o desacato. Bate ou assopra conforme o caso.

Mas, nem sempre tais vezos funcionam. Com a repetição sistemática e constante
cansam e a credibilidade vai para o espaço. Dizem os alemães: “Einmal gut, zweimal
gut, dreimal nicht gut!” – (Uma vez ‘tá bom, duas ainda ‘tá bom, três não está bom!”.
É quando, como dizem nas Minas Gerais, o carrapato fica maior que o boi, ou o
caroço maior que o abacate. É o que presenciamos, nestes momentos cruciais de
crise sanitária, crise econômica e crise política.
O Jair – dando uma de mãe Diná – “previu” 800 mortes em toda a trajetória da
pandemia. Já vamos por 8.000. Trombou – e nisso não leva culpa – com as drásticas
consequências decorrentes sobre a produtividade e desemprego.
Na política ainda cabe a “esperteza”(Sic!). Contra vírus e desastre econômico, não…

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