Diante de ameaça de não entrar em campo, Azulão bate o Ramalhão
Após protesto nos treinos e momentos antes do confronto contra a Ferroviária, jogadores do São Caetano vestiram os uniformes do avesso para não mostrar os patrocinadores e ameaçaram não entrar em campo contra o arquirrival Santo André, ontem em Suzano.
Apesar de toda celeuma que envolve os bastidores do clube, como atraso nos salários e direito de imagem dos atletas,
o não pagamento de vale-transporte dos funcionários da AD (Associação Desportiva) São Caetano e o pedido de afastamento em definitivo (renúncia tácita) do até então presidente Nairo Ferreira de Souza,
os atletas deixaram de lado o extracampo e mostraram bom futebol.
O Azulão venceu o Ramalhão pelo placar de 2 a 0 em partida válida pela Copa Paulista.
O resultado garantiu ao São Caetano, que já estava classificado para a semifinal da competição e a liderança do grupo com 13 pontos, já o Santo André tem apenas 03.
Apesar da diretoria do Azulão não se manifestar sobre o protesto dos jogadores e os problemas que envolvem salários e outros pagamentos não realizados, a situação administrativa é complicada.
Como antecipado por este REPÓRTER, no dia 09 de outubro, “Nairo renuncia”,
o dirigente protocolou em cartório carta de afastamento, mas afirmou, que apesar do documento reproduzido por este periódico, nada estava definido:
“vou chamar o Conselho e até posso voltar se não aceitarem (renúncia)”.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo Paulo Bottura, declarou ao REPÓRTER:
“eu particularmente não vi a carta”, indagado sobre a publicação do documento neste jornal afirmou:
“não foi protocolada, assim que for, será preciso convocar o Conselho com urgência e seguir os trâmites legais”.
FPF
A Federação Paulista de Futebol decidiu manter o Red Bull na Série A2, abriu vaga para o Água Santa na divisão principal de SP e não deixou o São Caetano na elite.