Artigo

Paradoxo (crônico)

Horácio A. Pires

Escrever sobre “Paradoxo” o quê? Façam uma pesquisa no Google e bom aprendizado! Com divertimento, se optar por ver Imagens. Pois, vou direto ao que venho como em João Guimarães Rosa, é “o diabo na rua, no meio do redemoinho”. Ou no meio da Câmara Municipal, no Palácio da Cerâmica, ou na urna eletrônica na hora do voto, no Vaticano ou na Casa Branca, na ONU ou em qualquer guerra.

O paradoxo é crônico. Como o diabo, está aí há muito tempo. Vejam o “rouba, mas faz”, é um paradoxo que chega a doer. “Matou pai e mãe e tem liberdade no dia das mães e no dia dos pais”, é paradoxo. “Evangélico quer arma para matar”; “criminoso eleitoral é prefeito da cidade”; “espancam os filhos, mas são bons pais”; “o povo depende do meio ambiente para viver, mas acaba com ele”. São paradoxos com enormes prejuízos, principalmente para as futuras gerações. É impossível amar e odiar ao mesmo tempo.

Não se trata aqui de uma lição de moral, mas vejam por onde estamos caminhando. A justiça é tão justa que perde o prazo legal para julgamento. E o culpado fica livre. Paradoxo? É um substantivo masculino que se dá como certo, apesar de estar errado. Latim ou Grego, a palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer “contrário a”, “alterado” ou “oposto de”, conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opinião.

Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é “o oposto do que alguém pensa ser a verdade”. E por falar “nisso aí”, Deus já entrou com pedido de dupla cidadania… Afinal de contas, visto de aqui, o inferno não é novidade nenhuma.

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