Editorial

O faraó e os sacerdotes

Regredimos 3.000 anos em seis meses. Os faraós do Egito só temiam uma casta: a dos sacerdotes. Donos da verdade, tais sacripantas ricos, riquíssimos, impunham regras e procedimentos abstrusos, sempre em nome de seus deuses.

O caso é que o nosso faraó apresentou, desde janeiro; uma penca de medidas anunciadas na campanha e que o levaram ao poder. Quase todas foram vilipendiadas no Congresso.

Os sumo-sacerdotes desse templo de impunidades – o Maia “Botafogo” e o Alcolumbre – jogam contra o país na cara dura. Moveram-se, afoitos, graças à pressão da cidadania somente nos últimos dias.

Assim mesmo, para autopromoção e tirar, de Guedes e Moro, a gênese de projetos vitais; como a Previdência e o pacote Anticrime. É próprio de oportunistas ímpios porem placas com seus nomes em obras alheias.

Enquanto tais profetas ególatras divertem-se roubando a cena, nosso morubixaba ocupa-se de quinquilharias, como nomear um ministro para o STF “terrivelmente evangélico”, afirmação feita num ato dessa religião no “templo” mencionado.

Mas, peraí: naquele meio, dissesse que botaria um macumbeiro e seria linchado. A questão é que na mídia sensacionalista a coisa repercutiu mais que os desmandos e lambanças do Congresso nos dias atuais.

Diz Mateus, 6:6, que Deus só será encontrado no segredo (silêncio) do quarto de quem ora e, em 23, que quem se expõe, performático, é o fariseu.

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