As últimas estimativas apontam que a dívida pública interna do Brasil chegue a R$ 4,3 trilhões até o final do ano; representando 80% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o terceiro maior credor dessa dívida são os Bancos; com cerca de 22% do total, ou R$ 821 bilhões. Isso, sem contar com os mais de R$ 130 bilhões que os cinco maiores bancos brasileiros lucram anualmente somente com tarifas de seus clientes. Valor maior que os R$ 120 bilhões do orçamento Federal da Saúde; e dos R$ 110 bilhões do orçamento Federal da Educação.
Enfim, vale destacar ainda, que quem tem pouco dinheiro no banco; tem baixa rentabilidade em seus investimentos (poupança entre eles) e pagam altas tarifas. Já, quem tem muito dinheiro, tem altíssimas rentabilidades em seus investimentos e são isentos de tarifas. Afinal, outra situação gritante, é saber que no auge da recente crise brasileira; quando o desemprego atinge 13% da população economicamente ativa, não teve um trimestre sequer; que os cinco maiores bancos brasileiros não apresentassem lucros recordes.
Esse quadro apresentado acima, o economista brasileiro, Eduardo Moreira, classifica de covardia. Conforme ele, a tática utilizada beira a crueldade: “atrai-se a atenção das pessoas para o que não tem a menor importância, para tirar a atenção do que realmente importa.”
Lógica
A lógica é simples de ser entendida. Por exemplo: no atual quadro, se alguém aplica seu dinheiro em um investimento de um banco, a remuneração dificilmente será maior que 1%. Já, se essa pessoa pegar empréstimo nessa mesma instituição bancária, os juros serão, no mínimo, acima dos 5%; podendo chegar a 7% dependendo do banco. Isso sem contar que entre os maiores devedores do INSS figura dois grandes bancos, segundo o Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região.
Diante dessa realidade não custa perguntar de forma singela: Quem banca os Bancos?