Editorial

As três bandeiras

Tirando os fanáticos incorrigíveis, os idiotas úteis e os furibundos atávicos, as três bandeiras das manifestações previstas para o dia 26/05 próximo são não só a aprovação de pautas vitais para um presidente, mas, para o Brasil.

Desnecessário insistir sobre a pertinência da Reforma da Previdência, do projeto Anticrime ou da MP 870. Elas falam por si mesmas. Que há necessidade urgente de barrar as franjas podres do Congresso e do STF, dentre outras, é mais que óbvio.

Mas, justificar e apoiar lambanças do Executivo beira a insanidade. Atacar ferozmente a imprensa, as mídias, jornalistas e o Ministério Público por denunciarem e investigarem prováveis falcatruas dos donos do poder, é também má fé.

Em tese, o Jair não errou ao pedir o apoio das ruas ante a impossibilidade de conseguir que parlamentares iníquos votassem medidas essenciais para tirar o país do brejão herdado de governos passados.

Basta ver que, em seguida, a Câmara mobilizou-se, esbaforida, para avalizar a MP 870 em vias de caducidade. Dizia Ulisses Guimarães que a única coisa temida por “políticos” é a bronca do povo nas ruas. Ela é gigantesca e crescente.

O Jair, eleito pelo povo e não por deuses, não podia errar. Acertou no principal, ao apresentar as três bandeiras vitais em tempo recorde. Erra, ao nosso ver, no assessório. A tática primitiva de bater e assoprar nunca levou a bons resultados.

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