Editorial

Editorial – Insegurança crônica

O crime organizado tem, no tráfico de drogas, sua principal fonte de financiamento no varejo, pois é procurado voluntariamente pelos viciados. As demais barbáries apresentam riscos que nem sempre compensam os benefícios: as vítimas evitam, fogem, se protegem e até mesmo reagem.

Os viciados sustentam o comércio ilícito e os desatinos que cometam para conseguir drogas decorrem do vício. Onde o tráfico chega, chega a violência. Um dos sintomas evidentes é o aumento de agressões, furtos e roubos.

Não só na periferias, mas também nos centros prósperos, o binômio drogas-crime se apresenta entre jovens desajustados locais. Adotam a linguagem, os modos, a postura e a agressividade dos “manos” periféricos. Todos os bairros estão comprometidos em todos os municípios da região. Autoridades responsáveis dizem, sempre, que tudo está sob controle e a cidadania sofre cada vez mais as consequências do descaso.

O Estado abstrato ausente favorece o crime no Município real e presente. Os “manos” estão pelas esquinas, praças, ruas, escolas, clubes, bares e botecos. Não há trabalhos de investigação sistemática e prevenção ostensiva necessários.

Consequentemente, a paz social fenece e o poder do crime floresce, geometricamente, também nas áreas de maior renda. Não vê e não age quem não quer, nesse quadro epidêmico de bandidagem açodada e segurança pública acomodada. Até quando?

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