Depois de uma tarde de estupefação e inúmeros debates no último dia de trabalho do ano do STF (Supremo Tribunal Federal),
o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, suspendeu os efeitos da decisão do ministro Marco Aurélio Mello,
que mais cedo mandara soltar presos que cumprem pena provisoriamente, antes de esgotados todos os recursos na Justiça.
Toffoli atendeu a pedido da PGR (Procuradoria- Geral da República), que recorreu.
Pela decisão do presidente do STF,
a liminar precisará ser apreciada pelo plenário, composto pelos 11 ministros, o que não tem data para ocorrer.
Mantida em vigor, a liminar poderia beneficiar milhares de condenados que cumprem pena antes da análise dos recursos pelos tribunais superiores,
incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Sem comentários, não vou falar sobre isso”,
disse Sérgio Moro ao final da primeira reunião ministerial da equipe de Bolsonaro.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que recorreu da decisão liminar,
escreveu na petição que a decisão do ministro do STF representava um “triplo retrocesso”.
