Entidades regionais lançarão campanha por voto em candidatos do ABC

O encontro de ontem foi comandado pelo presidente da Acisa, Pedro Cia Junior, na condição de anfitrião, e teve uma primeira apresentação das possibilidades de campanha apresentada pelo publicitário Paulo Cesar Ferrari, da agência Octopus. Participaram representantes do Ciesp, Sinduscon, Crea, Setrans e outras entidades, mas os organizadores ainda esperam um número bem maior de adesões, pois ano a ano o ABC vem perdendo representação na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Hoje, são só dois deputados federais e quatro estaduais. Também participou do encontro o presidente da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul) e publisher do REPÓRTER, Walter Estevam Junior.
Aumentar a representação regional no Poder Legislativo paulista e no Congresso Nacional, argumentam os defensores da campanha, faz-se necessário para a busca de mais recursos, em emendas parlamentares, e também de projeção que redunde em desenvolvimento econômico a partir da atuação desses deputados nas duas esferas.
Hoje, São Bernardo tem três deputados estaduais e um federal, enquanto Santo André tem somente um deputado estadual e nenhum federal. São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não têm absolutamente ninguém.
Em entrevista coletiva na Associação Paulista de Medicina, ontem, médicos, entidades de defesa do consumidor e representantes de outros setores da sociedade civil refutaram a possibilidade de que sejam autorizados planos de saúde que cobrem, do paciente, coparticipação ou franquias, além da mensalidade.
“Estamos muito preocupados com essa caixa-preta que envolve essas modalidades e os planos ‘populares’. Essa é uma questão que merece debate nacional e fazemos questão de levar o assunto para todos os brasileiros. Caso contrário, teremos um imbróglio que resultará em problemas seríssimos para a população”, disse Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da APM.
Na sequência, Florisval Meinão, ex-presidente e atual diretor Administrativo da APM, disse que essa é uma discussão que tem sido pautada pelas supostas vantagens financeiras da introdução destes mecanismos. “Isso vem sendo liderado pelas operadoras, que têm grande interesse nesses novos elementos dentro do mercado da saúde suplementar. O debate sobre as consequências que trarão para a população não tem sido amplamente realizado e posto com clareza.”
Prejudicados
Meinão diz ainda que os grandes prejudicados serão os portadores de doenças crônicas, por utilizar o sistema com certa frequência. As propostas colocadas poderão até dobrar o custo anual do plano de saúde para esse cidadão.

