Politica

Editorial – Pancadão

 Essa bestialidade não ocorre apenas nas periferias. Além dos alcoólatras compulsivos, o varejo do tráfico a impõe em qualquer lugar onde policiamento preventivo e fiscalização sejam ausentes. Até a metros de delegacias, como na avenida Goiás, em São Caetano. Se o cidadão infernizado reclamar corre sério risco de agressão ou de ser riscado do mapa. 
Nem protetores auriculares que sigam a norma NR15 do Ministério do Trabalho, que prevê exposição máxima de 7 minutos para 115 decibéis para evitar danos neurovegetativos e psicológicos, funcionam. As caixas de som usadas em carros ou botecos de baixo nível superam esse índice de ruído, próprio de aviões a jato. 
Como sequer leis de preservação ambiental são cumpridas, é assim que cidades teoricamente civilizadas e ditas de primeiro mundo são conspurcadas, indo para o quarto ou quinto numa trilha que vai das pichações marcando território, passando por foguetório pesado na chegada da droga e a festança barulhenta dos usuários. 
Perturbação do sossego público é caso de polícia. Se São Paulo vem adotando medidas preventivas e coibidoras eficientes, outros municípios fazem vista grossa, seja por incompetência, seja por leniência ou outras razões metafísicas. 
O fato é que a decadência urbana revela-se também pela tolerância a transgressões inaceitáveis, como a em pauta, sempre e quando os poderes públicos não funcionam. É ruim, hein?
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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