Editorial – Fabricando o quê?
Que a “produção” parlamentar municipal, estadual e federal é tão copiosa quanto estéril, todos sabemos. Diríamos que de cada 100 intervenções, uma merece alguma atenção. O resto é “mise en scène”, ou conversa mole pra boi dormir. Nem bem empossados, os ditos representantes do povo já estão pensando na próxima eleição, sistematicamente. Vale tudo pelos holofotes!
Porém, propostas para evitar a “lavagem cerebral” da meninada e derrubar a impunidade absoluta desde infrações a crimes hediondos, só podem ser criticadas a priori por quem defende ideias totalitárias e a criminalidade precoce. Seria bom a Abrinq conversar com as famílias das vítimas dos “dimenó”. E também estudar casos como a juventude hitlerista, ou a “revolução cultural” chinesa dos anos 70, v.g..
Fabricar monstrinhos é fácil, basta dar corda. Preparar o infante para a cidadania dá baita trabalhão e exige disciplina. Como a educação vem de berço, a escola somente propicia ensinamentos para o agir social, que podem ser utilizados positivamente ou não. O resto fica por conta de interesses duvidosos.