Uma das principais dificuldades para a cura da doença é o estigma que seus portadores sofrem, o que acarreta em alguns casos, na não procura ou desistência do tratamento. “Quando sofremos de alguma doença física, com exames que comprovam o diagnóstico, as pessoas aceitam melhor, costumam não ter preconceito. Mas o que fazer se a doença é diagnosticada por sintomas? Não tem exames de imagem ou outros para comprovar? Infelizmente, muita gente acaba tratando o assunto como frescura, não acreditando na seriedade do caso”, comenta Paula. E não foi preciso ir muito longe para encontrar uma situação assim. Durante a conversa, uma participante relatou que, mesmo sofrendo de depressão, não conseguiu levar à sério quando o seu filho começou a desenvolver o transtorno. “Meu filho parou de sair, só quer dormir, ele não se cuida mais, fala que vai morrer. Eu logo achei que era uma desculpa para ele não fazer as coisas em casa, começei a brigar muito com ele”. A psicóloga orientou a participante a incentivar o filho a procurar ajuda, assim como ela procurou.
Na próxima segunda-feira (24), às 10h, a roda de conversa sobre a depressão acontecerá na Unidade de Saúde da Vila Luzita. Já na terça-feira (25), às 10h, a Unidade de Saúde Moysés Fucs receberá a ação.