Editorial – Planeta dos malacos

 Enquanto Lula, o chefão “honoris causa” da quadrilha que domina o país, vocifera que nem a Madre Teresa de Calcutá é mais santa que ele, e o chefete Ciro Gomes ameaça, impune, que se a Lava Jato for buscá-lo será recebida “na bala”, nos meandros do Congresso e tribunais superiores crescem, festeiras, toda sorte de manobras para tirar o fiofó dos malacos da reta. 
É só ver o noticiário: voto em lista fechada, legalização da roubalheira presente, passada e futura, exumação da “Constituinte Exclusiva” chavista, punições à imprensa e mídias sociais e por abuso de autoridade aos que ousem tocar nos mequetrefes, enfim, a criatividade criminosa não tem limites, ou pudor. 
Figuras insólitas como Gilmar Mendes postam-se como porta-voz dos investigados, ao minimizarem crimes como o “caixa 2” sem entrarem no mérito da origem do dinheiro e defenderem o monstrengo jurídico do “foro privilegiado”, claramente inconstitucional, e instarem à repressão à PF, MP e Judiciário, como querem Renan Calheiros e a maioria dos líderes na Câmara e no Senado. 
No contraponto a presidente do STF, Cármen Lúcia, diz que “- A Lava Jato vai mudar o Brasil se os brasileiros mudarem com ela, no sentido de assumirem sua própria história, seu próprio destino”. Ocorre, Excelência, que a história é deprimente e, o destino, cavernoso. Vivemos no planeta dos malacos e só tem malandro onde tem otários…