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Para liberar recursos do FI-FGTS, Gol pagou propinas a Eduardo Cunha

 O empresário acionista da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino se antecipou às investigações da Lava Jato e confirmou aos promotores, dentro de um acordo de leniência, ter pago propinas ao deputado cassado e preso Eduardo Cunha (PMDB) e ao corretor Lúcio Funaro. Os valores teriam sido pagos em troca de apoio na liberação de recursos do FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Segundo depoimento de Constantino, um dos herdeiros da Breda Transportes, empresa sediada em São Bernardo e que deu origem a Gol em 2001, as propinas tinham como objetivo liberar R$ 300 milhões para a ViaRondon, empresa do grupo familiar.
A Operação Lava Jato identificou ao menos dois pagamentos a Cunha e Funaro, nos valores de R$ 246 mil. O dinheiro, segundo os promotores, partiu da Viação Piracicabana e Princesa do Norte, empresas subsidiárias da Breda Transportes. Os montantes foram depositados em contas da Viscaya Holding, de Lúcio Funaro, em agosto de 2012. No mesmo ano, a Caixa liberou os R$ 300 milhões para a ViaRondon. Nos pagamentos diretos a Cunha, os beneficiários foram duas empresas do ex-deputado a Jesus.com e a GDAV.
“Os depósitos identificáveis indicam uma só origem: o grupo econômico Constantino”, disse os procuradores da Lava Jato. Na leniência, a Gol se comprometeu a pagar R$ 5,5 milhões para reparação pública, R$ 5,5 milhões como multa e mais R$ 1 milhão pela condenação. A assessoria de Constantino informou que o empresário “está à disposição das autoridades”. 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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