Editorial – Pode que sim, pode que não…
Questionando a impossibilidade de encontrarmos alguém idôneo, ficha-limpa, para qualquer cargo eletivo só há uma resposta: a origem está na índole do eleitorado, que ama botar calhordas no poder, para após masturbar-se ou lamentar-se como se ante um sórdido BBB institucional. A mídia está repleta disso: quanto mais sórdidos o contexto e as personagens, maiores os índices de audiência.
Assim é que programas de governo são adrede substituídos por projetos de poder, bastando dar-se, ao público, o que ele gosta. E, ao lado, atacar acintosa ou sub-repticiamente qualquer medida que vise botar ordem no galinheiro não importa o preço. Afinal, a politicalha dá pingues lucros aos atores seja no município, no estado ou na federação. Pode que sim, pode que não, somos todos responsáveis pela situação cavernosa do país, por ações e omissões.