Editorial – Bandos e bandoleiros
No dia 17 a Operação Lava Jato chega miraculosamente ao seu terceiro aniversário. Os números são impressionantes: acima de 10 bilhões de Reais recuperados e 89 condenados a penas que somam cerca de 1.383 anos de prisão. Se Janot e a PGR de fato enquadrarem, além dos criminosos, também o STF no cumprimento da lei, o salve-se quem puder terá proporções épicas. É pagar para ver!
Ocorre que os partidos políticos, qual gangues organizadas, protegem e apoiam os malfeitores denunciados ou já condenados no âmbito da Lava Jato. Pior, a maioria deles segue sendo prestigiada pelos correligionários. De início, falamos de uns 86 integrantes de 10 partidos protegidos pelas máfias partidárias.
É como se as legendas, em lugar de representar os interesses dos eleitores se prestassem a acoitar delinquentes, dado que seus pomposos “Conselhos de Ética” (Sic!) insistem em ignorar a Lei 9.906/95, regedora da vida partidária. Um que outro, como Delcídio do Amaral, foram expulsos, porém por terem caguetado falcatruas.
Os bandos e bandoleiros institucionais estão preocupadíssimos com as consequências da maior operação contra a corrupção jamais vista na História deste ou de outro país, contudo, apenas quanto às instâncias inferiores. Creem – motivadamente – que no STF o buraco é mais largo. Será?