Politica

Editorial – Lavando a égua?

 Se em Brasília as quadrilhas no poder deitam e rolam na expectativa de torpedear a Operação Lava-Jato e quaisquer outras que ameacem seus “negócios”, descarada e despudoradamente, os parlamentares e administradores eleitos e reeleitos para o próximo período estão de pelo em pé com rombos orçamentários nele previsível a curto e longo prazo. 
Um dos temores são as atitudes desesperadas e astuciosas não só para ocultar descalabros financeiros e falcatruas inimagináveis da turma de saída, os derrotados nas urnas: também para darem a última garfada antes do fim do banquete. Aparentemente é o que ocorre com a SEMASA, de Santo André, na surpreendente tentativa de transferência dos serviços de fornecimento de água potável e esgotos à Odebrecht – campeã de escândalos investigados pela Lava-Jato – pagando-lhe a vultuosa quantia de R$3,3 bilhões amortizáveis em 35 anos, como noticiamos na terça-feira. 
É mais ou menos a dívida sub judice da SEMASA com a SABESP, acumulada nos anos da era petista marcada por irregularidades insondáveis, mas, de conhecimento geral. Esse projeto  surpressivo, obscuro e teoricamente pantanoso ainda será verificado pela gestão futura – de Paulo Serra (PSDB) – quanto à sua legalidade e oportunidade. 
Urge, aos andreenses, ficarem extremamente atentos. Se em Brasília o clima é liquidar a Lava-Jato, aqui poderá ser mais uma tentativa de lavar a égua. 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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