Se – como já afirmamos inúmeras vezes – a derrocada legal com o impeachment de sua testa de ferro foi um sintoma, a baita surra eleitoral confirmou a contenção da doença, rumo à extinção. Cuspiram para cima mais de uma década e, neste outubro de 2.016, caiu-lhes tudo na cara, de uma vez.
Mas, não acabou. O país livrou-se só dos corruptos potencialmente mais perniciosos. Uma vez postos a correr, o inimigo principal, atualmente, é outro: as máfias não sanguinárias, porém absolutamente corruptas, que se apoderaram do país no último quarto de século. Não largarão o osso sem resistência feroz.
Deltan Dallagnol e Orlando Martello afirmam em artigo na Folha que: “O ataque mendaz contra a credibilidade da Lava Jato […] tem um propósito: prepara-se o terreno para, em evidente desvio de finalidade, aprovar projetos de abuso de autoridade, de obstáculos à colaboração premiada, de alterações na leniência e de anistia ao caixa dois”.
Não podem passar! Afastado o risco de nos tornarem uma Venezuela da vida, é aí que mora o perigo. Foram-se os piores, agora é a vez dos menos ruins.
