Editorial

Editorial – Jogo duro

 Não comparemos o Brasil com países da mesma faixa etária, ou mais novos, que deram certo: o “País das Maravilhas” é incomparável, senão consigo mesmo. Da mais remota aldeia tribal ao mais pujante centro urbano a característica principal é a de tirar tudo o que se pode deixando, quando muito, quirelas em troca.  Vez por outra aparece um que outro líder fazedor, daqueles que gostam de tudo limpo, saudável e lindo, atentos ao geral e aos pormenores, encarando funções públicas como missão social e não como oportunidade de locupletamento pessoal: o que deveria ser a regra cai na cova rasa das exceções.  Sendo linha-dura, não prosperará na política, já que representará apenas frações lúcidas da população e perigoso obstáculo para a maioria e a ação de seus representantes, sob o lema de farinha, pouca ou muita, meu pirão primeiro. Troca-se, assim, a inteligência social por interesses individuais dentro de interesses grupais.  A primeira diz que se a cidade vai bem, todos vão bem. Para os segundos, a cidade que se exploda: acabada a carne pode-se ainda roer os ossos. A premissa é válida para os estados e o Estado. Nos países amiúde citados como “de primeiro mundo”, o jogo do poder dá-se em ver quem faz mais, melhor e mais rápido.  Nos locais de terceiro, quarto ou subsequentes, o jogo é, sempre, extremamente duro, principalmente de assistir: máxime nas campanhas eleitorais…

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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