Tudo que ocorre no panorama político nacional nada tem a ver com os interesses do país. Trata-se, como numa refrega canina, de pegar ou não largar o osso por interesses pessoais, partidários, de grupos, grupelhos, quadrilhas e facções. Raríssimos são os que, motivados por sentimentos e razões nobres, tentam dedicar suas existências às gerações atuais e futuras. Ainda bem que existem. Posto isso, basta enquadrar de um presidente ao mais insignificante vereador, passando por senadores, deputados federais e estaduais, governadores e prefeitos quanto a suas atitudes, e vemos rosários de desculpas, geralmente atribuindo a culpa de inércia, incompetência e falcatruas “aos adversários”, aos outros. O nível da casta política torna-se mais e mais rasteiro devido o sistema montar-se em mecanismo de sobrevivência no qual a impunidade e imoralidade dos representantes lastreia-se na idiotia dos representados, para os quais a frase “- É assim mesmo…” torna-se o mantra da impotência e submissão. Partido que admita picaretas de carteirinha em suas hostes, não merece crédito. Se defende criminosos, menos ainda. Moisés, na pendenga com Arão (Exodus, 32) sobre o bezerro de ouro e a suruba decorrente, partiu para a ignorância: passou os baderneiros na espada. Nestes tempos menos crédulos e mais complacentes isso não é mais considerado “civilizado”… E então? Com quem ficará o osso?
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.