Ontem, 21 empresas e 59 pessoas, entre executivos e funcionários de companhias, viraram alvo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em um braço da Operação Lava Jato, que apura a prática de cartel em licitações da Petrobras, maior empresa brasileira, envolta por sérias denúncias de corrupção. O chamado “clube das empreiteiras”, teria faturado com a soma de diversos contratos R$ 35 bilhões. No documento de instauração do processo, contendo 221 páginas, analistas técnicos do Cade apontam “existência de indícios robustos de infração à ordem econômica” em pelo menos sete licitações da Petrobras, como por exemplo nas obras da Refinaria do Nordeste (Abreu e Lima) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. ALVOSIntegram a lista do processo de apuração as empresas Setal Óleo e Gás, a Camargo Corrêa, Alusa Engenharia, Carioca Christiani Nielsen Engenharia, Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Engevix, Galvão Engenharia, GDK, Iesa, Jaraguá Equipamentos, Mendes Júnior, MPE Montagens e Projetos, Promom Engenharia, Schahin, Skanska, Techint, Tomé Engenharia e UTC.Entre os executivos nomes já conhecidos, como dos delatores da Lava Jato, Ricardo Pessoa, dona construtora UTC e Eduardo Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corrêa.
