O prefeito Luiz Marinho participou na manhã desta segunda-feira (16), no Paço Municipal, de evento que marcou o início da Campanha do Laço Branco na cidade, que visa intensificar as políticas públicas realizadas ao longo do ano voltadas ao combate à violência contra a mulher. Durante duas horas, funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc) distribuíram para servidores municipais panfletos com informações sobre as políticas de assistência voltadas às mulheres vitimas de violência, além de pequenos laços brancos que simbolizam a campanha.O ‘Batata’ – personagem paramentado como uma batata gigante –, escolhido para ser a nova mascote da cidade por fazer referência às pessoas nascidas em São Bernardo, tradicionalmente conhecidas como “batateiros”, participou da atividade.A campanha será lançada oficialmente dia 25, às 15h, na Praça da Matriz, e se estende até o dia 16 de dezembro com uma série de atividades visando a sensibilização de homens e mulheres sobre o tema.Autoridades municipais e representantes da sociedade civil estarão no lançamento da campanha conversando com a população. No espaço será montada uma tenda e haverá a distribuição de panfletos informativos sobre as ações e orientação sobre os serviços de acolhimento oferecidos às mulheres.A campanha também tem o objetivo de mostrar que existem homens que não são violentos, que não concordam com a violência às mulheres e que apoiam o direito de bem viver e de autonomia das mesmas.A Campanha do Laço Branco surgiu em 1989 com a mobilização de homens canadenses pelo fim da violência contra a mulher após o massacre de 14 jovens mulheres estudantes de Engenharia da Universidade de Montreal.Desde 2013 o município tem intensificado as ações da campanha com oficinas e seminários para reflexão sobre esse grave problema que afeta a população feminina em diversos países. Neste ano a campanha é coordenada por um grupo de homens do governo e da sociedade civil.A prefeitura desenvolve uma série de políticas e ações afirmativas pela igualdade entre mulheres e homens, como as oficinas de masculinidade (capacitação sobre os diversos papéis desempenhados pelos homens em sociedade e em família); o Centro de Referência e Apoio à Mulher Márcia Dangremon (que oferece acolhimento a mulheres vítimas de violência); o projeto Mulheres da Paz, que promove educação não sexista no currículo da educação de jovens e adultos; e capacitação sobre igualdade entre mulheres e homens no Programa Saúde na Escola (PSE).Estudos apontam que as diversas formas de violência (física ou sexual) afetam um terço das mulheres em todo o mundo, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2013, identificando-se que muitas destas agressões são feitas pelo parceiro. O documento “Estimativas mundiais e regionais da violência contra mulheres: prevalência e efeitos na saúde da violência doméstica e sexual” foi o primeiro estudo mundial sobre violência de sexo/gênero.Estima-se que, no Brasil, de 2001 a 2011, ocorreram mais de 50 mil feminicídios, o que equivale a aproximadamente 5 mil mortes por ano. Acredita-se que grande parte desses óbitos foram decorrentes de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que aproximadamente um terço deles tiveram o domicílio como local de ocorrência.No Brasil, em 7 de agosto de 2006, tornou-se lei a violência doméstica e familiar contra a mulher. A Lei 11.340 – batizada de Lei Maria da Penha Maia Fernandes, militante dos direitos das mulheres, que ficou paraplégica por conta das agressões sofridas pelo marido – é resultado da luta histórica do movimento feminista e de mulheres por uma legislação contra a impunidade no cenário nacional de violência doméstica.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.